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(DOC. VP 892.1855.3372.6398)

TST. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA QUE IMPUGNA DECISÃO PROFERIDA POR ESTA PRIMEIRA TURMA DO TST. NÃO CABIMENTO. 1. Cabe rápida retrospectiva história: o acórdão regional, em uma primeira decisão, reconheceu válida a transmudação do regime jurídico em decorrência da vigência da Lei Municipal 1.267/1990, motivo pelo qual reconheceu a prescrição total do direito de ação, pois a demanda trabalhista foi proposta em 2020. 2. O autor recorreu de revista e esta Primeira Turma deu provimento ao recurso para afastar a prescrição e determinar o retorno dos autos ao Tribunal da origem para prosseguimento. 3. Sem a interposição de recurso, os autos retornaram para a Turma Regional e nova decisão foi proferida, reconhecendo que o regime jurídico celetista que disciplinava o contrato de trabalho do autor não foi alterado pela Lei municipal e deferindo o FGTS do período imprescrito. 4. O recurso de revista interposto pelo ente municipal não impugna a decisão regional quanto à prescrição parcial reconhecida, mas a decisão desta Primeira Turma, que, provendo o recurso de revista do autor, afastou a prescrição total. 5. O recurso de revista, neste particular, é manifestamente incabível, pois na dicção do CLT, art. 896, «cabe recurso de revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho». (grifei) Agravo de instrumento não provido. RECURSO DE REVISTA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. SERVIDORES PÚBLICOS NÃO CONCURSADOS, ADMITIDOS ANTES DA PROMULGAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO DE 1988, MAS NÃO ESTABILIZADOS PELO ART. 19 DA ADCT. MUDANÇA AUTOMÁTICA DO REGIME JURÍDICO. IMPOSSIBILIDADE. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO PELA SDI-1 DO TST. 1. Não há dúvidas de que o servidor público, ainda que não concursado, mas estabilizado pelo art. 19 da ADCT, pode ter seu regime jurídico modificado por legislação estadual ou municipal, o que ficou muito bem definido pelo Tribunal Superior do Trabalho no julgamento da ArgInc-105100-93.1996.5.04.0018, de relatoria da Ministra Maria Helena Mallmann. 2. Acontece que o trabalhador falecido não estava estabilizado pelo já referido art. 19 da ADCT, pois admitido sem concurso público há menos de cinco anos da promulgação, da CF/88 de 1988. 3. Para esses servidores que, contratados sem concurso público antes da Constituição de 1988, porém, não estabilizados na forma do art. 19 da ADCT, a SDI-1 do TST consolidou o entendimento de que não há como admitir a validade da mudança de regime jurídico para o estatutário, sem que se submetam a concurso público. Recurso de revista não conhecido.

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